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16 de set. de 2021

UMA VIVA ESPERANÇA, Coluna Nossa Palavras

 Texto da Prof.a Jaqueline Sotero



UMA VIVA ESPERANÇA

 

            Esperança é um substantivo feminino que indica o ato de esperar alguma coisa. É também sinônimo de confiança, expectativa.

            Ter esperança é acreditar que algo muito desejado vai acontecer.

            A esperança é o oxigênio que mantém viva a raça humana. Sem ela, é como se cada homem, mulher, idoso ou criança, vegetasse enquanto passa pela vida. 

            Temos vivido tempos difíceis e diante dos recentes acontecimentos, muitas pessoas têm dado lugar a desesperança. Já não vislumbram mais a realização dos seus  grandes ou pequenos sonhos. Não conseguem visualizar suas metas, quer sejam na área dos relacionamentos, da família, do mundo acadêmico, do mercado de trabalho; quer sejam no que diz respeito ao coletivo, a igualdade social, a sustentabilidade, a preservação do meio ambiente, a educação e saúde de qualidade para todos, ao bem comum.

            A corrida desenfreada na qual estamos inseridos, também tem contribuído para a falta de esperança. Não há mais tempo para sonhar, para esperar. Já não se contempla mais o brilho das estrelas ou o iluminar discreto da lua, dando à escuridão do céu uma beleza ímpar. Não se vê o desabrochar de uma flor como um milagre perfeito da criação. Não se contempla mais o balbuciar de uma criança a pronunciar suas primeiras palavrinhas como algo impressionante. Não há mais tempo!! É tudo tão urgente...pra ontem.

            Temos perdido a esperança, quando olhamos para o homem e percebemos que, por ele, a história está manchada de sangue, violência, corrupção, medo, desigualdade, preconceito.

            Diante de tudo isso, vem a nossa mente a seguinte indagação: Como se pode ter esperança??

            Fomos criados não  para uma esperança pautada apenas na finitude humana ou em suas efêmeras conquistas. Fomos criados para UMA VIVA ESPERANÇA.

            Ainda que os dias sejam maus, ainda que o homem nos decepcione e as tempestades que se levantem sobre nós sejam por demais avassaladoras, ainda assim precisamos alimentar a nossa esperança. Para isso, não podemos nos aprisionar na masmorra do desespero. É preciso voltar os nossos olhos para o alvo. É preciso prosseguir, com uma esperança tão robusta que seja capaz de vencer os maiores e mais temíveis desafios. É preciso dizer a nossa alma, todos os dias, que ainda há esperança.

            Há esperança para os idosos esquecidos pelos seus, num recanto frio de uma casa de repouso. Há esperança para o desacreditado, que nem mesmo se lembra de quem de fato ele é. Há esperança para os excluídos vivendo à margem da sociedade que caminha sem percebê-los. Há esperança para os desabrigados que até já esqueceram o sentido da palavra “amor”. Há esperança para as crianças vitimadas pela violência e abusos, muitas vezes cometidas por aqueles de quem se espera cuidado e proteção. Há esperança para aqueles que enxergam apenas a si mesmos, esquecendo-se que foram criados para a partilha e a comunhão. Há esperança para os iletrados e analfabetos da cartilha do perdão. Há esperança para os jovens, que como você, talvez não consigam mais esperar.

            Talvez  possamos comparar a esperança com o vento. Não podemos vê-lo, mas podemos sentí-lo e desfrutar  dos seus maravilhosos  efeitos sobre nós.  A viva esperança enche o nosso coração de coragem e nos dá ânimo para buscar, enquanto esperamos o melhor que está por vir, espalhar as sementes que remetam a humanidade inteira a se firmar na viva e verdadeira esperança, há muito escrita e testificada por um pescador, um tanto rude, mas muito sábio: “Fomos regenerados para uma viva esperança, mediante Jesus Cristo”(1Pe 1.3).

                               Um forte abraço, cheio de esperança, da Professora Jaqueline Sotero.


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