Texto da Prof.ª Analúcia Correia
Encerrando as atividades do dia com uma
historinha e boas recordações!
Na última terça-feira, ganhei dois litros de
puro leite de vaca. Uma amiga do grupo
de meditação me deu. Estava congelado.
Esperei descongelar e só agora, à noite pude
colocar para ferver. Lindo ver aquela nata amarelinha se formando sobre o leite
branco, grosso, encorpado, o legítimo leite de vaca.
E o cheiro!!!?
Ah... o cheiro me trouxe algumas
recordações!
Da infância, quando saía logo cedo com
papai para a fazenda do Sr. Badu ver tirar o leite da vaca, nas primeiras horas
da manhã.
Levava comigo um copo com um pouquinho de
açúcar e o leite era colocado diretamente nele e imediatamente ingerido por
mim. Papai ficava olhando quando tirava o copo da boca e aparecia o bigode
branco da espuma do leite quentinho, saído diretamente das tetas da vaca para a
minha barriguinha, criança de mais ou menos 7 para 8 anos de idade .
Boas lembranças, saudade!!!
Olhando o leite, cuidando para não derramar
sobre o fogão, outra lembrança gostosa, a nata amarelinha me trouxe: a
queijadinha que Nanan, minha irmã mais velha, fazia com a que retirava do leite
fervido. Não sei com quem ela aprendeu, mas era uma delícia.
Eita coisa gostosa!!
Quando chegava a sua casa, já beirando a fase
adulta, no café da manhã, ela me perguntava se queria, pois sabia do meu apreço:
"Linda, tem nata que reservei, quer que eu
frite?"
Naquele
momento, era tudo que queria. Delícia no cuscuz. No pão ou na bolacha. Com
qualquer acompanhamento ou mesmo sem.
Hoje, gostaria de poder reviver esses
momentos! Infelizmente não me é possível com essas pessoas tão queridas,
tão importantes em minha vida!
O leite quase derramando, voltei à
realidade!
Estou diante do leite fervido e aquela nata
gostosa dando água na boca. E em
homenagem aos meus queridos, retirei a nata do leite e guardei-a para
fritar no dia seguinte e me deliciar com um cuscuz quentinho para não deixar no
baú do esquecimento!
Anelúcia- 16/08/2018
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