4 Bimestre 2024
Olá aluno(A)! Se você chegou até aqui, quer dizer que você está disposta a contribuir com a divulgação do conhecimento e da literatura. Então você contará aos nossos leitores um pouco da sua experiência pessoal com o livro que você leu nesse 4º bimestre.
O bonito dessa ação é que ela é democrática e informativa. Você com o seu simples relato vai contribuir para incentivar outro aluno a ler esse livro. E assim criar uma corrente de leitura e informação que sabemos como começa, mas nunca teremos ideia de onde vai chegar.
Observe que para essa atividade seu pontuada, o texto tem que ter no mínimo 400 palavras e não pode haver cópia de trechos do livro ou plágio (cópias de informações e resumos da internet de autoria de terceiros ou produzidos pela IA, mesmo que alterado com o uso de sinônimos). E o livre tem que ter sigo pego emprestado na biblioteca no 4º Bimestre.
Neste bimestre em especial não serão contabilizados resumos dos livros:
a) Capitães de Areia
b) O Príncipe e o Mendigo
a) Capitães de Areia
b) O Príncipe e o Mendigo
Para que a sua contribuição seja legal, e fácil para qualquer pessoa ler e lhe identificar, você não pode esquecer de escrever no cabeçalho:
Escola:
Série/Sala:
Nome completo do aluno:
Livro que inspirou o texto:
Série/Sala:
Nome completo do aluno:
Livro que inspirou o texto:
Título do texto:
Texto:
Término do prazo de postagem será no dia 12/11/24 às 23:00. ((3°ANO))
Término do prazo de postagem será no dia 20/11/24 às 23:00. ((1°ANO e 2°ANO))
Escola: ETEMAA
ResponderExcluirSérie/Sala: 3ºB-DS
Nome completo do aluno: Izaías Luiz Terto Martins Junior
Livro que inspirou o texto: O quinze, de Raquel de Queiroz
Título do texto: A abordagem visceral de O quinze
Texto:
Nesta obra em específico, esperei uma receita pronta de um romance em relação à seca, quase como um bolo neutro -sem muitas peculiaridades, mas o que recebi na realidade foi similar a um açoite, e um banho de sal com limão, que deixou boas marcas no meu repertório sócio-cultural.
A priori, "O quinze" é quase como "alegoria literária" das obras "Os retirantes", de Portinari, e "Segunda-Classe", de Tarsila, pois nos é apresentado a seca de 1915 a qual é lembrada por ter criado os "Currais Humanos", ou, melhor, os campos de concentração criados para conter os nordestinos famintos, mazelados e extremamente magros a fim de que não chegassem às capitais, porque trariam suas doenças, a miséria e o caos para às cidades, consoante os jornais da época. E diferentemente de como os retirantes são abordados nas obras de Graciliano Ramos e João Cabral de Melo Neto que há uma abordagem brutal, contudo que é um tanto momentânea, em Raquel de Queiroz a seca e os nordestinos são tratados visceralmente com uma miséria sem igual, totalmente desoladora e desgraçada.
Ademais, nos são apresentados os personagens principais Conceição, Vicente (primos que vão viver um amor platônico que não renderá frutos) e Chico Bento, junto a sua família. Logo de início, os personagens vão percebendo a chegada da seca e isso causa um certo desespero nos pecuaristas do sertão cearense que começam a dar fim ao gado, ou rês, como é chamado no livro, a fim de se mudarem para os grandes centros urbanos para fugir à seca devastadora que se aproxima. Porém isso ocasiona na perda do emprego de inúmeros pais de família como o Chico Bento, que dentre todos os principais é o que mais sofre com o período de estiagem no obra. Sob esse viés, mesmo que a obra tenha os outros dois personagens já citados como principais, vou me atentar a esse em específico uma vez que ele é vítima e testemunha do potencial catástrofico de eventos climáticos como o que está em discussão aqui. Após a perda do emprego Bento se vê obrigado a vender as suas coisas e partir em retirada para a cidade grande e com apenas um burro, uma esposa e quatro filhos. Com a progressão da história Chico vai perdendo aos poucos tudo que possuía, em virtude da falta de comida, já magro e esfomeado, um dos seus filhos se envenena ao comer mandioca crua e acaba morrendo, perde a própria dignidade ao se ver sendo tangido pelo dono de uma cabra que acabara de matar para poder alimentar sua família, e essa parte em específico é bem narrada. Esse foi um dos momentos que mais me tocou, pois aqui está o apogeu da miséria humana, nesse trecho Bento abre a cabra e começa a tirar as vísceras quando o dono chega e arrebata a cabra de suas mãos, o narrador faz questão de contrapor com a realidade a expectativa de ação que o indivíduo deveria tomar nessa situação, que seria lutar pela cabra, pois era o protagonista que estava armado, contudo não lutou. Ele já estava tão artudido pela fome, sede e tristeza que a única coisa que conseguiu fazer foi implorar aos prantos pelo animal que iria saciar a sua fome e a de sua família. O dono da rês, ao vê-lo sujo e mal-trapilho o cede apenas as tripas do animal e a família toda come calada as tripas sem as lavar ou salgar. Dando continuidade, Chico perde também, ao conseguir chegar a uma cidade em que conseguiu ajuda para poder se estabelecer na cidade grande, outro filho, pois esse se perde em meio a cidade. Por fim, chega a capital com a ajuda de um compadre, mas se estabelece em um dos campos de concentração já citados em que recebe ajuda de Conceição, sua comadre, que já estava estabelecida lá e decide cuidar do seu filho mais novo para que a família do retirante pudesse se dirigir a São Paulo em busca de emprego.
OK - Parabéns pelo texto e sucesso na vida adulta que chega para ti.
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